Incógnita Existência
A voz da alma ou rutura do real?
A poesia tornou-se uma necessidade vital, uma transposição de retóricas, um permanente filosofar sobre questões da existência, uma descida ao profundo do ser que evoca estados, sensações e consciências. As palavras são ecos de uma vivência apenas interior, aquela que se vive somente através da alma, traduzem a inquietação sobre a presença esotérica, aquela que vivemos apenas nos versos porque o real ainda não nos reservou o direito da plenitude. Sob o pretexto da racionalidade literária, atingem-se outros horizontes, dimensões paralelas de perfeita harmonia. A veia lírica eleva-nos à dimensão profana, ao pecado original pelo caminho da virtude. Incógnita Existência vem ao encontro desta dualidade entre o querer e o ser. É a voz de uma ambição espiritual que se manifesta neste corpo feito de amor que deseja o que não possui, o que não lhe pertence, todavia, é esse desejo que determina a razão de viver, o sonho do impossível… até ser (im)possível.
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«Incógnita Existência não é um mero livro de poesia. Ele constitui-se como uma epopeia emocional, uma jornada de autoconhecimento, reflexão e descoberta, convidando o leitor a questionar as convicções estabelecidas e a explorar os mistérios que permeiam a condição humana. Cada poema é um portal para novas perspetivas, interpretações e entendimentos. A poesia aqui presente não são meras linhas entrelaçadas; é uma entidade viva que dança livremente, carregando consigo o peso transcendental do amor. A autora, como uma verdadeira tecelã de sentimentos, veste a poesia na pele da existência, transformando-a em árvore renascida, “sólida testemunha”, cujas raízes resistem às tormentas da vida.
Ao folhear estas páginas, o leitor é convidado a perder-se, a encontrar-se e redescobrir-se, numa experiência que transcende as palavras e o faz mergulhar mais fundo na emoção e na consciência».
Maria Amélia da Costa Lopes
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Autora: Vera Santos
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