Notícias de Lugar Nenhum
(com personalização)

“Notícias de Lugar Nenhum” com personalização especial com as laterais pintadas, numerados e assinados pelo editor. 

“News from Nowhere or An Epoch of Rest” (1890) é o romance mais conhecido de William Morris, activista socialista, romancista, poeta, tradutor e artista inglês.
Foi agora traduzido, pela primeira vez, para Português de Portugal, por António Simões do Paço, como “Notícias de Lugar Nenhum ou Uma Época de Tranquilidade — Um Romance Utópico”, e que conta com a coordenação de Roberto della Santa e de Raquel Varela.
Este livro surgiu da necessidade de William Morris em responder à novela utópica “Looking Backward”, do norte-americano Edward Bellamy, que fez sucesso na época (1889). Esta era de inspiração militarista e tecnocrática e assumidamente nacionalista. “Notícias de Lugar Nenhum” seria, então, uma espécie de contraproposta. No romance utópico de Morris, a sociedade da Inglaterra do ano 2102 seria resultado de uma revolução socialista.
O título é, sem dúvida, uma homenagem a Thomas More e seu célebre livro “Utopia”, de 1518, — que significa, em grego, “lugar nenhum” –, que apresenta uma ilha cujos habitantes haviam estabelecido uma sociedade de tipo comunista.
Morris imagina uma sociedade igualitária e livre, na qual a produção ganhará novamente um carácter artesanal, graças a máquinas “infinitamente superiores às do passado”, que libertam os indivíduos das tarefas tediosas e desagradáveis para poderem se dedicar a uma actividade humana livre e criadora.
O romantismo, corrente artística em voga no século XIX, manifesta-se também em “Notícias de Lugar Nenhum”, em que se busca uma vida social em harmonia com a natureza, como nas formas comunitárias do passado.
Para este romancista inglês, isso não seria possível abandonando a sociedade corrupta e estabelecer uma nova à margem, mas sim através da transformação da própria sociedade já existente, graças a uma acção colectiva das classes oprimidas.
Apesar de escrito em 1890, este livro ainda é muito moderno devido são os seus valores: liberdade, igualdade, fraternidade, democracia, solidariedade, em que cada um pode trilhar o seu caminho com o mínimo de constrangimentos, sendo considerado, portanto, um clássico da literatura.

Autor: William Morris