nunca é tarde para o mar não deixar secar
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A importância da escrita de José Gonçalves não se queda na anatomia do livro, na sua orgânica, no funcionamento divergente dos seus órgãos, nem no que é notoriamente uma abordagem ímpar da Língua. Mas que o conjunto destas múltiplas coragens pede a coragem da leitura, é inegável. Assim o atestarão os leitores mais resolutos e carentes do assombro, que navegarem no amarante e se lançarem à pesca do pão-do-sal, e habitarem pouco-de-mar e ombrearem com amélia, com vasco, o trazido-pelo-mar, com o filho-que-nunca-voltará ou com o pai-das-lágrimas, e que ouvirem deste narrador que anuncia logo e assim o firma: «não desdirei nada que o mar sussurre.» José Gonçalves, com a sua voz singular, monta magistralmente um imaginário de geografias e territórios emocionais e humanos, nos quais apenas o afogamento é viável. Não como morte, mas como o regresso do mar a nós mesmos, que dele sempre fomos.
João Pedro Porto
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DETALHES DO PRODUTO
Informação adicional
Dimensões (C x L x A) | 23 × 15 × 2,91 cm |
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ISBN | 978-989-735-486-1 |
Edição | 2023 |
Idioma | Português |
Encadernação | Capa Mole |
Editora | Letras Lavadas |
SOBRE O AUTOR
JOSÉ GONÇALVES
Natural de Amarante, ingressou na Marinha Portuguesa, onde serviu durante vários anos, tendo sido louvado pelo serviço prestado. Continuou o seu percurso profissional na área da Educação e Formação como Formador, Coordenador e Mediador Pessoal e Social, e desempenhando várias funções em diversos projetos na área da Cultura como Mediador Cultural, Produtor e Programador Cultural. Licenciado em Ciência Política e Relações Internacionais, com Pós-graduação em Património Cultural Imaterial, dá continuidade aos estudos na área da História e Património, no ramo de Estudos Locais e Regionais – Construção de Memórias. Dedica-se à investigação no âmbito dos Estudos Saramaguianos e Agustinianos e do Património Cultural, focando-se no território amarantino, colaborando, ainda, em vários projetos artísticos e culturais. nunca é tarde para o mar não deixar secar é o segundo livro de um tríptico dedicado ao mar e aos direitos humanos, iniciado com filhos de humanizado sal (2017), seguindo-se Vivalma no lar do esquecimento (2020), com um olhar sobre o território e as pessoas que o habitam, dedicado à aldeia de Cem Soldos.