Lix-Ilha

Lix-Ilha

“Lix-Ilha”, com texto de Diogo Ourique, e ilustrações de Luís Cardoso, visa despertar nas crianças a consciencialização ambiental e ecológica. As divertidas quadras e as ilustrações a condizer mostram a importância de cuidar das ilhas açorianas e do seu mar, para que estas continuem a ser um paraíso e não uma ‘lix-ilha”.

Autor: Diogo Ourique    Ilustrador: Luís Cardoso

 

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Quando a casa é escrita no mar

Seremos sempre da casa em que estendemos as toalhas roçadas dos verões com sal dos dias. Onde nos foi dado um clube para celebrar o amor e a camisola herdada. Seremos sempre da casa onde vemos o quintal do vizinho pelos olhos que se esticam ao topo do muro. Onde nos ensinam os credos e a apneia de uma onda furada. Seremos sempre da casa onde enchemos as primeiras malas. Onde cheios de orações conjugamos os primeiros predicados dos quartos vazios. Seremos sempre da casa que nos aluga a presença por uma saudade embarcada. Seremos sempre da casa que nos dá os anos a todos os dias que passaram por aqui.

 “Voltei para lhe explicar a casa. Respondeu com a porta aberta. E com isto esqueci-me de regressar à morada.”

Estes são registos de dias de dia a dia. Em qualquer lugar.

Álamo Oliveira Raminho, junho de 2022

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Autora: Carolina Bettencourt

 

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borderCrossings – Leituras Transatlânticas 6

Com este quinto painel, vário nos processos e nos objectos linguísticos e geográficos em estudo, Vamberto Freitas torna‑se, nesta década, o principal crítico literário português. Entretanto, sem abandono da intermediação indispensável à coisa literária, pode oferecer‑nos um retrato de ser dividido entre línguas, territórios e paisagens. Duplo privilégio, ganharemos todo um passo mais na marcha da humanidade.
Ernesto Rodrigues no lançamento do V volume de borderCrossings: leituras transatlânticas no Outono Vivo da Praia da Vitória em 2019 e publicado no Açoriano Oriental

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Por isso é que borderCrossings é mais do que cruzar fronteiras: é uma cruzada sem fronteiras.
Santos Narciso,
Atlântico Expresso

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Vamberto Freitas, homenageado na segunda edição do Encontro Literário Arquipélago de Escritores, é uma referência do pensamento açoriano, intelectual nacional de relevo, figura maior em qualquer parte. Além disso, é uma das personalidades mais generosas da cultura açoriana. Ao longo dos anos, tem vindo a escrever com uma atenção rara sobre os livros de autores do chão açoriano, chão este que, como sabemos, vai muito para além do território arquipelágico e que se estende pelos lugares da nossa emigração.
Nuno Costa Santos
Revista Grotta IV
Autor: Vamberto Freitas

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há-de flutuar uma cidade no crepúsculo da vida

há-de flutuar uma cidade no crepúsculo da vida

«há-de flutuar uma cidade no crepúsculo da vida é uma obra que surpreende, que inquieta, que toca as cordas mais sensíveis da emoção do leitor, que o faz rever, não poucas vezes, os seus parâmetros estéticos. E isto porque as opções estéticas de Leonardo Sousa são incomuns, inovadoras, invulgares, tanto como o seu notável e apuradíssimo labor da palavra. Na escrita de Leonardo Sousa, não é exagerado dizê-lo, a Língua Portuguesa é, a cada passo, uma língua nova, reinventada, cuja imagética e o jogo metafórico inusitado nos dão a exacta noção do que é a arte.

Dividida em cinco partes – só aparentemente organizadas de forma aleatória -, esta obra constitui um percurso pela poesia, que dialoga, desde logo, mercê dos títulos das partes, com outra poesia, num interessante e muito subtil jogo intertextual. De facto, Leonardo Sousa opta por não referenciar o nome dos autores que cita nos títulos das partes, numa provocatória atitude de necessariamente convocar a cultura do leitor. Sendo o título da colectânea um verso de Al Berto, que é retomado como título de uma das partes, e havendo a presença de outros versos/frases, nomeadamente de Daniel Gonçalves, António Lobo Antunes, Paula de Sousa Lima e Herberto Hélder, os quais dão mote às partes em que se divide a obra, o autor não fica preso aos “modelos” – antes, e inteligentemente, capta um tom e alarga-o livremente.

Cada parte da obra em causa compreende poesia e textos em prosa, estes últimos de pendor reflexivo e/ou narrativo, excepto a quarta parte, que é preenchida exclusivamente por poesia – quinze poemas. Assim, Leonardo Sousa, apostando na diversidade, revela-nos várias facetas de escritor, todas elas marcadas por um poder discursivo assinalável, mas mais contido do que exuberante, mais conciso do que verboso, mais ácido do que “romântico” – e nisto se descobre a maturidade do autor, a sua inconfundível competência estética de teor basicamente lírico, nunca ausente, mesmo em textos de pendor narrativo.

Paula de Sousa Lima

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Autor: Leonardo Sousa 

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Este livro está inserido no Plano Regional de Leitura.

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Mal-Amanhados – Os Novos Corsários das Ilhas

Mal-Amanhados – Os Novos Corsários das Ilhas

 

Adaptação em livro da série de sucesso Mal-Amanhados – Os Novos Corsários das Ilhas, da RTP Açores.
Este livro não comporta apenas os testemunhos dos protagonistas do programa. Conta também com o acervo fotográfico de Diogo Rola e o prefácio de Onésimo Teotónio Almeida, crónicas de rodagem, contributos dos 3 argumentistas da série, alguns insights peculiares sobre os bastidores, confissões, segredos, e curiosidades que vão agradar muito a quem seguiu a série, e ainda centenas de mensagens de feedback que a aventura recebeu de todos os cantos do mundo via redes sociais.

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«É final de Agosto e três compadres Mal-Amanhados procuram jantar na ilha Terceira. O Búzios, no Porto Martins, está lotado; a Tasca do Ramo Grande encerrada; será que os Moinhos nos matam a fome? E de repente, nas últimas luzes da hora mágica, o Cristóvam – autor da banda sonora da série – mostra a este escriba e ao realizador da dita cuja a mais antiga ermida da ilha, erigida junto a uma ribeira de São Sebastião. Água corrente, o ingrediente mágico de todos os povoadores, e a razão para ali ter começado a vida terceirense. Eu e o Diogo Rola entreolhamo-nos entre o espanto e a timidez, não fazíamos ideia. Este que vos escreve aplica umas virtuais chibatadas nas próprias costas. Entretanto, ainda não é desta que vamos conseguir comer. Devíamos ter feito reserva (outra coisa que não sabia). À quarta lá foi de vez, no Rocha do Porto Judeu. É aí, um par de horas depois e com um luar de cinema a recortar os ilhéus das cabras, que faço as pazes com a nova descoberta (um whisky duplo também ajudou, admito). Haveria sempre tanto mais a dizer, percorrer, falar e fazer nestas 9 ilhas. A nossa aventura foi isso mesmo, nossa. Uma perspectiva autobiográfica, uma declaração de amor destes e não de outros. Foi mesmo Christian quem projectou palavras suas para o balcão de Roxanne, sem Cyrano que lhas sussurrasse. Sinceras, de coração. Haveria mais temporadas a fazer no arquipélago? Sem dúvida alguma. Duas, três, quatro, tantas. Há hipótese de uma qualquer sequela? Reformulando Jorge Palma: enquanto houver mar p’ra navegar. No entretanto, veio o surpreendente convite para um livro da aventura. Este que o leitor agora espreita. Tal como a saga televisiva, a versão literária foi vivida em confinamento e à distância. Talvez uma metáfora da solidão a que quase seis séculos de história nos condenaram. Mas – tal como no passado – isso não impediu novos cruzeiros das ilhas, cabos telegráficos, correspondência da mais diversa. Estivemos longe mas nunca afastados, nesta partida que o século XXI pregou a todos. Agora foi com zoom e skype e whatsapp e email e afins que se aproximaram ilhéus e portos, metas e corsários. Porque o açoriano encontra sempre maneira. E por essas e outras é que este volume tem cerca de 300 autores, sim, 300. Começa, obviamente, na tentativa de transcrever a alma de todos os nossos protagonistas em cada capítulo; e termina com uma selecção do eco maciço que chegou de literalmente todo o lado, via redes sociais. A aldeia provou ser global quando os seus habitantes mais precisavam. E sentimos que, de verdade, o amor foi pago com amor. Nas centenas de páginas que agora conservam para sempre aquilo que na chamada caixinha mágica se desvanece, há muitas ermidas de São Sebastião. O mesmo que dizer: inéditos, tesouros atlânticos, desafios a novas aventuras afectivas com o território que tanto nos honra. Uma casa com nove divisões onde é urgente viver. Procure-se a maravilha».

Luís Filipe Borges

Coordenação: Luís Filipe Borges, Nuno Costa Santos e Alexandre Borges

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Tirem-me Deste Livro

Estamos sozinhos na sala, rodeados de gente num bar ou simplesmente deitados na cama ao lado da pessoa que, com o tempo, convencionámos apelidar de nossa cara-metade, já todos nos questionámos sobre a nossa própria realidade. Haverá alguém por detrás da cortina, alguma entidade obscura a controlar as máquinas? Quem foi o palerma que engendrou a minha vida? De que loja dos trezentos saíram todas as pessoas que me rodeiam? E eu próprio: se não existisse, tinha de ser inventado?
O que faríamos se, porventura, descobríssemos a verdade?
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Autor: Diogo Ourique
Este livro está inserido no Plano Regional de Leitura.

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Capítulo 41 – A Redescoberta da Atlântida

O professor universitário Paolo Benevoli, que lidera uma secreta investigação da localização da Atlântida, é assassinado, tal como o seu assistente, logo após ser encontrada uma lápide com uma mensagem extremista no átrio do Palácio de Sant’Ana. A seita Free the Landscape of Atlantis ameaça pôr a descoberto achados arqueológicos chocantes que podem obrigar a reescrever toda a História.

Será que outros povos já conheciam os Açores antes da chegada dos navegadores portugueses? Poderão ter deixado provas da sua passagem? As nove ilhas de bruma podem ser o que resta da Atlântida perdida? Que segredos esconderá o fundo oceânico do Atlântico?

O alarme dispara! Movimentam-se autoridades políticas, civis, policiais e militares; accionam-se meios terrestres, marítimos e aéreos; Judiciária, GNR e Interpol unem forças; snipers assumem posições, tropas apertam o cerco; jornalistas ligam as câmaras, testam os microfones… e o mundo sustém a respiração para assistir a um tumulto nunca antes visto nas pacatas ilhas.

Nesta história surpreendente do autor galardoado de “Bom Tempo no Canal: A Conspiração da Energia”, desfilam descobertas arqueológicas recentes que reacendem a polémica da passagem de outros navegadores pelos Açores antes dos portugueses e temas controversos que lançam o debate à ribalta.

Mais Livros Letras Lavadas

Autor: Almeida Maia

 

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Bom Tempo No Canal – A Conspiração da Energia

A poderosa energia geotérmica acaba de chegar à ilha do Pico. John Mello é o impulsionador do projecto revolucionário. A sua experiência como drilling engineer faz dele o Director-geral perfeito para a GEOZOR, empresa que lidera a exploração daquela energia renovável nos Açores. Mas algo corre explosivamente mal! A vida de John está ameaçada, presa por um fio e envolta numa conspiração contra a GEOZOR. Quem poderá estar por detrás da máscara? Quem poderá querer prejudicar uma energia limpa e fascinante? John só pode confiar num mero estranho que diz estar pronto a ajudá-lo. Numa alucinante corrida contra o tempo percorrem-se sendas tortuosas para descobrir quem engendra a conspiração.

Autor: Pedro Almeida Maia

 

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