15 Livros para oferecer no Dia do Pai

Neste artigo Top Azores, damos-te uma lista de 15 Livros para oferecer no Dia do Pai da editora Letras Lavadas e N9na Poesia, para amantes de ficรงรฃo, poesia, Histรณria e histรณrias.

Livros para oferecer no Dia do Pai, de ficรงรฃo, poesia, Histรณria e histรณrias. E melhor, escritos por autores aรงorianos!

O dia do Pai celebra-se a 19 de marรงo, em Portugal, no dia de Sรฃo Josรฉ, pai adotivo de Jesus Cristo e marido de Nossa Senhora segundo o Novo Testamento. E neste dia, todos nรณs gostamos de mimar os nossos ricos pais neste dia, seja com um postal, um carinho, um almoรงo ou um presente. Segue entรฃo uma lista 15 Livros para oferecer no Dia do Pai!

Mal-Amanhados โ€“ Os Novos Corsรกrios das Ilhas, de Luรญs Filipe Borges, Nuno Costa Santos e Alexandre Borges

ร‰ final de Agosto e trรชs compadres Mal-Amanhados procuram jantar na ilha Terceira. O Bรบzios, no Porto Martins, estรก lotado; a Tasca do Ramo Grande encerrada; serรก que os Moinhos nos matam a fome? E de repente, nas รบltimas luzes da hora mรกgica, o Cristรณvam โ€“ autor da banda sonora da sรฉrie โ€“ mostra a este escriba e ao realizador da dita cuja a mais antiga ermida da ilha, erigida junto a uma ribeira de Sรฃo Sebastiรฃo. รgua corrente, o ingrediente mรกgico de todos os povoadores, e a razรฃo para ali ter comeรงado a vida terceirense. Eu e o Diogo Rola entreolhamo-nos entre o espanto e a timidez, nรฃo fazรญamos ideia. Este que vos escreve aplica umas virtuais chibatadas nas prรณprias costas. Entretanto, ainda nรฃo รฉ desta que vamos conseguir comer. Devรญamos ter feito reserva (outra coisa que nรฃo sabia). ร€ quarta lรก foi de vez, no Rocha do Porto Judeu. ร‰ aรญ, um par de horas depois e com um luar de cinema a recortar os ilhรฉus das cabras, que faรงo as pazes com a nova descoberta (um whisky duplo tambรฉm ajudou, admito). Haveria sempre tanto mais a dizer, percorrer, falar e fazer nestas 9 ilhas. A nossa aventura foi isso mesmo, nossa. Uma perspetiva autobiogrรกfica, uma declaraรงรฃo de amor destes e nรฃo de outros. Foi mesmo Christian quem projectou palavras suas para o balcรฃo de Roxanne, sem Cyrano que lhas sussurrasse. Sinceras, de coraรงรฃo. Haveria mais temporadas a fazer no arquipรฉlago? Sem dรบvida alguma. Duas, trรชs, quatro, tantas. Hรก hipรณtese de uma qualquer sequela? Reformulando Jorge Palma: enquanto houver mar pra navegar. No entretanto, veio o surpreendente convite para um livro da aventura. Este que o leitor agora espreita. Tal como a saga televisiva, a versรฃo literรกria foi vivida em confinamento e ร  distรขncia. Talvez uma metรกfora da solidรฃo a que quase seis sรฉculos de histรณria nos condenaram. Mas โ€“ tal como no passado โ€“ isso nรฃo impediu novos cruzeiros das ilhas, cabos telegrรกficos, correspondรชncia da mais diversa. Estivemos longe mas nunca afastados, nesta partida que o sรฉculo XXI pregou a todos. Agora foi com zoom e skype e whatsapp e email e afins que se aproximaram ilhรฉus e portos, metas e corsรกrios. Porque o aรงoriano encontra sempre maneira. E por essas e outras รฉ que este volume tem cerca de 300 autores, sim, 300. Comeรงa, obviamente, na tentativa de transcrever a alma de todos os nossos protagonistas em cada capรญtulo; e termina com uma seleรงรฃo do eco maciรงo que chegou de literalmente todo o lado, via redes sociais. A aldeia provou ser global quando os seus habitantes mais precisavam. E sentimos que, de verdade, o amor foi pago com amor. Nas centenas de pรกginas que agora conservam para sempre aquilo que na chamada caixinha mรกgica se desvanece, hรก muitas ermidas de Sรฃo Sebastiรฃo. O mesmo que dizer: inรฉditos, tesouros atlรขnticos, desafios a novas aventuras afectivas com o territรณrio que tanto nos honra. Uma casa com nove divisรตes onde รฉ urgente viver. Procure-se a maravilha.

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Ilha-Amรฉrica, de Almeida Maia

Em 1960, as ilhas atlรขnticas dos Aรงores sรฃo o centro do mundo. Numa noite iluminada, um vulto adolescente invade a pista do aeroporto internacional e aguarda que um Lockheed Super Constellation acelere os quatro hรฉlices. O seu plano รฉ alcanรงar o trem de aterragem dianteiro, trepar a altura de dois homens e enfiar-se no vรฃo da roda. Depois, aguardar que a aeronave suba e confiar que haja espaรงo para si, para o enorme pneu e para o sonho de chegar ร  Amรฉrica. Confere os trรชs papos-secos nos bolsos, limpa as mรฃos na tee-shirt e respira fundo duas vezes. Estรก pronto a lanรงar-se a uma nova vida.

Nos anos auspiosos da histรณria da ilha de Santa Maria, o aeroporto, construรญdo pelos americanos no final da Segunda Grande Guerra sob a aprovaรงรฃo de Antรณnio Salazar, torna-se a principal escala tรฉcnica para a maioria dos voos transatlรขnticos de grandes companhias aรฉreas e oferece oportunidades de trabalho preciosas a todos os aรงorianos.

Terminada a crise vulcรขnica dos Capelinhos, na ilha do Faial, o Azorean Refugee Act abre as portas da emigraรงรฃo para os Estados Unidos da Amรฉrica e espalha por todo o arquipรฉlago um clima atรญpico de evasรฃo. Nรฃo hรก famรญlia que nรฃo veja alguรฉm dos seus embarcar para o Novo Mundo.

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Atenรงรฃo ao Intervalo entre o Caos e o Comboio, de Alexandre Borges

Segundo Vamberto Freitas, ยซneste Atenรงรฃo Ao Intervalo Entre O Caos E O Comboio demonstra uma vez mais a ligaรงรฃo de Alexandre Borges ร  vida de outros por ele reconstituรญda, ou ficcionada, tendo com centro temรกtico e corrente de pensamento destes poemas o filรณsofo alemรฃo Immanuel Kant (1724-1804), de quando em quando voltando aos Aรงores e ao seu passado em famรญlia. Quase todos os poemas oscilam entre o drama que รฉ o saber intuir a nossa โ€œrealidadeโ€ com a ignorรขncia pasmada que passa ao nosso lado, e o humor leva-nos sempre ao sorriso de quem sabe que nada mudarรก na condiรงรฃo humana.
A poesia de Alexandre Borges รฉ simultaneamente narrativa e confessional, cruza tempos idos com o agora, lamenta e ri, chama a si o que cada geraรงรฃo enfrenta no caos ou cultiva a racionalidade de que Kant pensou e escreveu numa pequena cidade alemรฃ.
Os poemas de โ€œAtenรงรฃo Ao Intervalo Entre O Caos E O Comboioโ€ sรฃo tambรฉm um supremo acto de ironia bem-disposta, como quase sempre na sua obraยป.

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Vidas Exemplares, Teรณfilo Braga

A histรณria รฉ feita por todos e nรฃo unicamente pelos chamados herรณis que podem ser โ€œapenas homens, e ร s vezes, homens insignificantes que conheceram a arte de adornar-se com o mรฉrito dos demaisโ€.
Esta publicaรงรฃo รฉ uma homenagem a pessoas, de todas as classes sociais, crentes ou nรฃo, revolucionรกrios ou conservadores, que se distinguiram dos demais, quer pela sua obra, quer pela sua maneira de ser e agir.
Todos os que se interessam por conhecer melhor a sua terra vรฃo encontrar neste livro informaรงรตes, algumas desconhecidas, outras propositadamente ocultadas, sobre os seguintes 35 aรงorianos, por nascimento ou pelo coraรงรฃo: Adriano Botelho, Agostinho Sรก Vieira, Aguinaldo Almeida, Alfredo da Cรขmara, Alice Moderno, Antero de Quental, Antรณnio Augusto Riley da Mota, Antรณnio Arruda, Aurรฉlio Quintanilha, Dalberto Pombo, Eduardo Calisto, Eduardo Pontes, Fernando Monteiro, Francisco Silva, Gualter Cordeiro, Guilherme Fraga, Ilรญdio Sardoeira, Jaime Brasil, Joรฃo Anglin, Joรฃo Melo Abreu, Joรฃo Januรกrio, Josรฉ Ventura de Almeida, Jรบlio Quintino, Lรบcio Miranda, Manuel Antรณnio (padre), Manuel Cabral, Manuel Soares, Maria Ana Carreiro, Maria Evelina de Sousa, Maximiliana Sousa, Natรกlia de Almeida, Simplรญcio Gago da Cรขmara, Teรณfilo de Braga, Teotรณnio Moniz e Verรญssimo Borges.

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O Terreiro, de Josรฉ Luรญs Neto

Trata-se de um livro estranhamente visionรกrio. Assustador tambรฉm, pela forte probabilidade de descrever com exequibilidade o futuro que nos espera. Um futuro que, em muitos dos sintomas, รฉ jรก hoje. Os nobres princรญpios sobre que assentou a formaรงรฃo da Uniรฃo vรฃo sendo subjugados pela forรงa das forรงas sempiternas da natureza humana, resumidas no que se chama a lei do mais forte. Castrados da natureza pรกtria, obrigados ร  adoรงรฃo das regras puristas e perturbadoramente purificadoras vindas da sede imperial da Europa, resta aos povos pequenos a adaptaรงรฃo e a desistรชncia da liberdade. Os povos e cada cidadรฃo podem conhecer, sob o slogan da democracia, a vil servidรฃo. Hoje jรก o comeรงamos a perceber. O amanhรฃ dโ€™ โ€œO Terreiroโ€ alerta-nos.

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Azorean Suite: A poem of the moment / Suite Aรงoriana: Um poema do momento, de Scott Edward Anderson

ยซPode-se nascer numa ilha de duas maneirasยป, escreveu o poeta e romancista Eduardo Bettencourt Pinto. ยซDo corpo duma mulher ou pelo fulgor da sensibilidadeยป. Neste poema de comprimento de livro, Azorean Suite/Suite aรงoriana, o premiado poeta Scott Edward Anderson explora a natureza do que รฉ nascer do esplendor da sensibilidade das suas ilhas ancestrais. Usando elementos autobiogrรกficos bem como citaรงรตes de poetas, cientistas e naturalistas aรงorianos, Anderson estende os limites da histรณria pessoal e expande a viagem emocional do poeta.
Como Anderson escreve na sua introduรงรฃo, ยซFrancamente, a jornada emocional deste poeta tornou-se a de um caso de amor entre os Aรงores e eu, e este trabalho serve apenas como um pedaรงo dessa histรณriaโ€ฆยป. O poema aparece na sua totalidade aqui pela primeira vez, no seu original inglรชs e traduzido para portuguรชs pelo autor e Eduardo Bettencourt Pinto, com Josรฉ Francisco Costa. Azorean Suite/Suite aรงoriana tambรฉm serve como homenagem aos poetas aรงorianos, emigrantes, e ร queles cujos laรงos diรกsporos e ancestrais os ligam ร s ilhas de forma apaixonada e tangรญvel.

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A Felicidade das Coisas Imperfeitas, de Artur Verรญssimo

Nada nos รฉ garantido. Joguetes da sorte que nos coube, rimos para enganar o desespero ou vemos o riso a que temos direito encher-se de lรกgrimas. A nossa vida รฉ, entรฃo, uma comรฉdia triste, onde morremos de tanto rir. E o amor sรณ nas coisas improvรกveis nos รฉ permitido. ร‰ a flor do mal que nos sai ao caminho. Bรกlsamo ou veneno?

Assim se poderia caracterizar o percurso de vida do narrador que, de modo diverso, se conta no romance e no argumento para cinema que anda a escrever. ร‰ a histรณria enervada do jornalista Gabriel Rocha, femeeiro incorrigรญvel, de repente tocado pelo susto da atraรงรฃo homossexual e pela recusa da velhice adivinhada que vem nas primeiras rugas e nos espelhos.

Mas tambรฉm a vida de cada uma das personagens que ele convoca. O ator gay luso-tailandรชs que se junta a Gabriel e a Clara e estรก longe de ser o vรฉrtice murcho do triรขngulo amoroso. A viรบva que, no velรณrio do marido, cai nos braรงos do poeta e daรญ jรก nรฃo sai. O ajudante de cozinha que tem um fraquinho por cicatrizes. O proprietรกrio de um restaurante que recruta raparigas de estaรงรฃo no Facebook. O realizador que vรช nos clichรชs do riso e da lรกgrima o melhor que hรก na nossa humana imperfeiรงรฃo. O escritor homofรณbico que, afinal, nรฃo dispensa um jantar de carne no espeto num bar gay. A amante que conversa, na horizontal, sobre os temas e problemas da vida do protagonista. O cozinheiro vรญtima de bullying de um grupo de crianรงas.

E outras personagens que, com as indicadas, partilham a procura da felicidade das coisas imperfeitas. Nรฃo serรฃo todas salvas pelo riso.

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O Verme de Deus โ€“ Ensaios de Cristopoรฉtica I, de Ricardo Tavares

O Verme de Deus โ€“ Ensaios de Cristopoรฉtica I parte de uma metรกfora evocando um dos seres vivos mais repugnantes โ€“ o verme -, sem remorsos, vergonhas ou preconceitos, Ricardo Tavares nos oferece, em linguagem poรฉtica e filosรณfica, o desafio de suas consideraรงรตes pessoais sobre o cristianismo, a religiosidade e a vida, usando como figura central para a narrativa o รญcone mรกximo da religiรฃo cristรฃ: Jesus, o filho de Deus.

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Os Aรงores nos Versos dos Seus Poetas, de Olegรกrio Paz

Os Aรงores nos Versos dos Seus Poetas, de Olegรกrio Paz, trata-se de uma coletรขnea de 400 poemas de 400 poetas sobre os Aรงores, aรงorianos e nรฃo sรณ.
Olegรกrio Paz, natural da ilha de Sรฃo Jorge e radicado na Amadora, compilou 400 poemas de 400 poetas divulgando durante anos, via email versos de Aรงorianos, naturais ou de afeiรงรฃo, num espaรงo a que designou por Por Que Hoje รฉ Sรกbado. No email semanal e posteriormente quinzenal enviava o poema escrito, recitado por si acompanhado de mรบsica, bem como a referรชncia biogrรกfica do autor do poema. Agora, esses poemas estรฃo reunidos em livro nesta ediรงรฃo exclusiva e limitada.

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A Fajรฃ de Cima ou como a bota de cano se tornou mais atraente que o salto alto, de Luรญs Rego

Este livro รฉ, antes de mais, uma viva declaraรงรฃo de amor ร  freguesia da Fajรฃ de Cima e ร s suas figuras, aqui com nomes como Ludgero, Herberto e Mรกrio. O potencial criativo do autor fica ao serviรงo de uma narrativa que junta um sentimento de terna admiraรงรฃo por um territรณrio e o gosto em contar, com humor e uma pena desenfreada, o extraordinรกrio.

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Hagan, o doente da bola โ€“ Memรณrias desportivas, de Antรณnio Raposo

Livro de memรณrias de Antรณnio Raposo, um aficionado por futebol. Conhecido por Hagan desde a infรขncia, por ser fรฃ do jogador e treinador Jimmy Hagan, Raposo foi jogador e treinador da equipa de veteranos do Nordeste por 20 anos.
Estas memรณrias constituem um exรญmio relato minucioso das suas paixรตes: o futebol e a medicina, em que narra as suas aventuras pela vida fora e em que tudo comeรงa e termina no desporto.

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Sonhos da Alma [Joรฃo Louรงรฃo], de Francisco Luiz de Mello

Livro com organizaรงรฃo de Urbano Bettencourt e Josรฉ Luรญs Brandรฃo da Luz, que nos apresenta alguns poemas de Francisco Luiz de Mello, sobre pseudรณnimo de Joรฃo Louรงรฃo.
A atitude da poesia de Joรฃo Louรงรฃo รฉ a de contemplaรงรฃo da beleza, seja ela feminina, seja a da Natureza.

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A Viagem de Juno, de Almeida Maia

A Viagem de Juno conta-nos a histรณria de Aron Hilmarsson, um geรณlogo islandรชs, acorda em Moscovo no ano de 2049, apรณs um perรญodo de crio preservaรงรฃo de mais de trinta anos. Durante a sua ausรชncia, um acontecimento trรกgico acelerou o aquecimento global e fez subir o nรญvel mรฉdio dos oceanos para nรญveis inesperados.

Numa era em que as alteraรงรตes climรกticas quase obrigam ao abandono da aviaรงรฃo civil, hรก interesses conflituosos entre organizaรงรตes multinacionais, mas hรก um arquipรฉlago de nove ilhas no meio do Atlรขntico que se consegue adaptar aos novos tempos, onde as pessoas se deslocam em rรกpidos comboios de levitaรงรฃo magnรฉtica, por tรบneis que atravessam os oceanos.

A Viagem de Juno encerra um exercรญcio sensรญvel sobre o que pode suceder ao planeta, e sobretudo aos oceanos, daqui por umas dรฉcadas, e encerra uma trama poderosa que tem como pano de fundo a ambiรงรฃo e a ganรขncia desmedidas.

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Aspetos da Vida Quotidiana nos Aรงores โ€“ Perspetiva Histรณrica, de Luรญs Mendonรงa

Desde hรก largas dรฉcadas que a Nova Histรณria aceitou aventurar-se em รกreas de estudo atรฉ entรฃo reservadas a disciplinas como a antropologia e a etnografia, no intuito de diversificar e enriquecer o seu campo de estudo, contribuindo decisivamente para a valorizaรงรฃo de uma faceta fascinante da histรณria, a da vida quotidiana.

O presente livro visa, precisamente, deixar algumas pinceladas acerca da vida quotidiana nos Aรงores ao longo dos sรฉculos, realรงando nรฃo sรณ aspetos da existรชncia material, como a alimentaรงรฃo, as habitaรงรตes, o vestuรกrio, os utensรญlios, ou a posse (ou nรฃo) de riquezas/ propriedades, mas igualmente questรตes do foro espiritual e mental das populaรงรตes aรงorianas, reveladoras da maneira de sentir e pensar das mesmas e da forma como foram reagindo ร s diversas contrariedades do quotidiano, caso das catรกstrofes naturais, da doenรงa ou da proximidade da morte.

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Pรกssaros de Poente | Birds of Dust, de Joรฃo Pedro Porto

Nestes Pรกssaros de Poente / Birds of Dusk encontramos as margens que jรก intuรญamos no caudal da narrativa de Joรฃo Pedro Porto, margens dantes encobertas e agora ousadas, onde o poeta desencanta palavras e vozes improvรกveis numa atmosfera carregada de lirismo. Desde a ilustraรงรฃo atรฉ ao รบltimo verso, este รฉ um livro em que ยซa promessa de voarยป nos lanรงa numa viagem que rouba a redundรขncia ร  escrita e ร  leitura para criar o acto arriscado de escrever e de se auto ler, mostrando que nรฃo existem interpretaรงรตes fixas. ร‰ na instabilidade de sentidos que se justifica a leitura das duas versรตes, em portuguรชs e em inglรชs, pois que nenhuma substitui a outra. Cada uma รฉ, ร  sua maneira, um original, um olho aberto ao mundo, sol e sombra, pรกgina a pรกgina.

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